Nesta sexta-feira (22), o mercado de soja demonstra um comportamento estável na Bolsa de Chicago, após sofrer perdas expressivas na sessão anterior. Os contratos futuros seguem em leve baixa, com recuos de 1,25 a 3 pontos. O vencimento para janeiro é negociado a US$ 9,76 por bushel, enquanto o contrato de maio se mantém em US$ 9,96.
Produção abundante amplia pressão sobre os preços
A expectativa de uma safra recorde no Brasil, estimada em 170 milhões de toneladas, tem sido um fator chave para a pressão sobre os preços. Essa perspectiva reduz o apelo da soja norte-americana no mercado internacional e mantém os contratos futuros em Chicago abaixo do patamar de US$ 10/bushel nos vencimentos mais próximos. Além disso, o início das previsões para a nova safra argentina adiciona mais incerteza ao cenário de oferta global.
Demanda ativa, mas com impacto limitado
Apesar da ampla oferta pesando sobre as cotações, a demanda segue presente, com recentes anúncios de vendas externas por parte dos Estados Unidos trazendo um alívio momentâneo. No entanto, esses movimentos ainda não são suficientes para sustentar os preços diante de um cenário de oferta robusta.
Fatores externos influenciam a dinâmica do mercado
Além da oferta e da demanda, o fortalecimento do dólar frente a outras moedas tem gerado impacto negativo, tornando a soja americana menos competitiva no mercado global. Paralelamente, os traders continuam monitorando a instabilidade geopolítica, especialmente os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, que afetam o panorama macroeconômico.
Derivados refletem o momento do mercado
Entre os produtos derivados da soja, o óleo apresenta quedas adicionais nesta sexta-feira, enquanto o farelo permanece em estabilidade, reforçando o tom cauteloso entre os investidores.
O mercado se encontra em um equilíbrio delicado, com uma demanda ativa, mas limitada, enfrentando um cenário de oferta global robusta e influências externas significativas.